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 TEMA: OS DESAFIOS AOS PAPÉIS DO HOMEM 

Prezado/a internauta

Se existisse um "Dia do Homem", do mesmo modo que existe o Dia Internacional da Mulher, poderia ser repensado o papel do homem na sociedade moderna. 

No artigo que irá ler, há algumas ideias para se fazer uma reflexão construtiva sobre esse assunto, visando a melhoria do relacionamento do homem com a mulher e vice-versa.

Com um abraço fraterno, no ideal de um mundo humano melhor,

Antonio de Andrade

Lorena, SP

contato pelo e-mail opcao@editora-opcao.com.br

É autorizado o uso do artigo, por quaisquer meios, com a indicação do autor e do site.

  

OS DESAFIOS AOS PAPÉIS DO HOMEM

Antonio de Andrade

    Há um Dia Internacional dedicado à mulher, mas ninguém ainda pensou em estabelecer o "Dia do Homem". Alguns dizem, brincando, que o homem não precisa de dia especial, pois todos os outros dias do ano são dele. Brincadeira à parte, que tal imaginar que hoje - qualquer dia do ano - seja o Dia do Homem? Assim, em comemoração a esse dia hipotético, vamos examinar algumas ideias sobre o homem frente a novas atitudes e comportamentos.

    Há séculos os homens foram ensinados que desde quando Deus criou o homem no Jardim do Éden, este ser humano macho, reinou na sociedade. Era ele quem decidia tudo na vida da sociedade, na vida do casal e familiar, ele é quem escolhia com quem queria se casar, o local para morar, enfim, o homem é quem decidia tudo! E de geração em geração, transmitida pelas tradições, o homem reinava sozinho sobre tudo e todos. A mulher na família e até na sociedade, era uma coitada, não tinha nenhum valor, era desvalorizada, considerada um ser inferior, sem capacidade nem para exercer alguma profissão ou para participar das decisões da sociedade, impedida de votar e ser votada, etc. Tudo era decidido pelo homem, o pai ou o marido! O homem desde pequenino era ensinado e aprendia a dominar tudo, com mão forte, a não expressar seus sentimentos, fosse de amor e ternura ou de tristeza (seguia o que lhe diziam: "homem não chora"!). No campo das relações sexuais, cabia ao homem, e somente a ele, a iniciativa de "possuir" a mulher e de somente ele ter prazer. E cabia a esse homem dominador a responsabilidade de ter e obter cada vez mais bens materiais e cuidar da família. O seu valor pessoal era medido pelos seus bens e pela quantidade de dinheiro.  Esse homem evoluía achando que era o "tal", e o resto (sua mulher, seus filhos, e outras pessoas...) deviam se submeter às vontades dele.           

    Assim, por séculos e séculos, o homem acreditava ser o "sexo forte" do mundo, o machão, o todo poderoso, o dono de tudo, cujo único objetivo era vencer a todo custo, a tudo e a todos, agindo como "dono do mundo"! Mas, felizmente, as coisas começaram a mudar! Com o passar dos séculos na evolução da sociedade humana, as mulheres foram conquistando, degrau a degrau, o seu lugar especial na sociedade e, logo após a Segunda Guerra Mundial, aceleraram essas conquistas e chegaram a uma emancipação política, financeira, afetiva e até se libertaram do perigo de uma gravidez compulsória que um relacionamento sexual traria, com o início do uso da pílula anticoncepcional e dos métodos contraceptivos, além de conquistarem o direito de estudar, de terem a profissão que desejassem e até de escolherem o marido que quisessem para elas. Mas, as conquistas feitas pela mulher e as transformações que ocorreram na sociedade, provocaram uma crise, em muitos homens, frente aos novos papéis assumidos pela mulher. 

    Assim, de uns tempos para cá, muitos homens começaram a ter uma crise de identidade, angustiados com o desempenho de seus novos papéis e, inseguros, estão sendo chamados de "o sexo frágil". A angústia desses homens é com os desafios para desempenharem bem os seus novos papéis masculinos, em especial o de parceiro na vida de casal e familiar, onde a mulher contribui também com seu trabalho fora do lar e, agora, com o novo Código Civil, o homem deixa de ser o detentor do Pátrio Poder, deixa de ser o "cabeça" do casal, passando a mulher a contribuir de modo igualitário com ele na manutenção da família. Essa crise de identidade aumenta quando os homens descobrem que precisam ter um novo papel como macho em suas intimidades com a mulher, pois ela agora quer que exista uma busca conjunta do prazer na relação do casal. Há homens que somente agora estão descobrindo esse papel, aprendendo a cumprirem bem suas novas obrigações de macho, aprendendo a ter a necessária sensibilidade para a mulher chegar ao prazer, atingindo a satisfação do orgasmo (inclusive pelo Ponto G). E aprendendo a abrir suas emoções, sem medo de perder a imagem que tem perante ela, sem medo de ser avaliado como um fraco. Há homens que agora estão aprendendo a expressar o que sentem, a darem carinho, ternura e afeto à  mulher e aos filhos. Com esse aprendizado o homem precisa criar, ainda, coragem e romper os estereótipos que antes tinha como, por exemplo,  "homem não chora", "homem não expressa sentimentos, é mais frio", "homem não sente medo", " homem não demonstra sensibilidade, delicadeza, gentileza, etc.".  

    Os homens, na atualidade, estão enfrentando esses novos desafios emocionais e culturais. Muitos ainda não estão conscientes desses novos papéis e ainda ficam indecisos frente à necessidade de modificarem seus papéis. E é a mulher, a eterna companheiro do homem, que irá valorizar esse novo homem que surgirá das mudanças:  cordial, humilde, paciente, com sensibilidade, compreensão e empatia. Um  homem mais generoso nos elogios, na expressão do amor, da ternura e dos sentimentos, mais autêntico em suas atitudes, sem medo de ser considerado fraco ao mostrar sentimentos. Um homem que com a mulher, em qualquer situação, seja de casal, profissional ou social, estabeleça uma relação de igualdade e de respeito e não mais como agia antes, onde somente ele decidia, todos tinham que obedecer as decisões dele. Um homem com entusiasmo pela vida, mesmo que haja dificuldades como o desemprego. Um homem com sentimentos de esperança, de confiança e de coragem para enfrentar quaisquer dificuldades. E seja um homem que possua uma característica que a maioria das mulheres almeja: um homem sensível na cama, que se preocupe com o prazer dela e que juntos vivam as alegrias da intimidade, numa relação amorosa autêntica e profunda. E saiba, inclusive, estimular o Ponto G sensível que ela tem, fazendo-a ter orgasmos superlativos, excelentes... 

    Os desafios estão aí, na sociedade atual, para a mudança dos papéis do homem. Mas, é necessário que muitos homens acordem para essa necessidade de mudança de seus papéis, que experimentem novas formas de comportamento. Isso não é fácil, pois comportamentos tradicionais lhes dão segurança. Cada homem precisa enfrentar os novos desafios propostos, trazendo lá do fundo o desejo de crescer e de melhorar. Talvez hoje seja uma boa oportunidade para realizar mudanças! Reaviva em você as  disposições para essas mudanças, assumindo os novos papéis masculinos. 

    Vamos lá,  comece a enfrentar os desafios! As  mulheres, em especial, estão aguardando, com esperança, que cada homem mude prá valer! As mulheres desejam com ardor que os homens não se omitam, não se acomodem e não ajam como as lagartas de certa experiência científica. Jean Faber, célebre naturalista francês fazia experiências com lagarta processionária. Esses bichinhos tem um comportamento muito curioso. Geralmente caminham formando uma longa coluna, com os olhos semicerrados e a cabeça de cada uma pegada à traseira da companheira que a precede. O pesquisador queria saber o que ocorreria se ele colocasse a primeira lagarta de tal modo que ela ficasse unida à última da coluna. Assim, colocou várias lagartas na borda de um vaso, caminhando em círculo. Caminharam por sete dias e sete noites. Parecia que nada podia romper a cadeia, com exceção do cansaço e da fraqueza devido à falta de alimento. E dentro do vaso, à uma distância menor do que o comprimento de uma das lagartas, havia uma grande quantidade de alimento. Um verdadeiro banquete, se qualquer das lagartas houvesse tido a coragem de romper a cadeia...  

    Então, vamos lá, homens! Vamos enfrentar as tradições, os hábitos, os costumes e com pensamentos criativos, vamos enfrentar os desafios... As possibilidades estão aí, tão perto de cada homem como o alimento estava perto das lagartas. O "banquete" que se poderá obter com este enfrentamento de desafios, vale a pena! Vamos fazer um esforço? As mulheres, certamente, irão agradecer...

* No livro "Os Segredos de Fellicia", encontrado somente pelo site www.editora-opcao.com.br o autor, Antonio de Andrade apresenta ideias para os homens enfrentarem com êxito seus novos papéis masculinos, em especial a sensibilidade com atitudes de  valorização para com as mulheres e como viver melhor a vida emocional e sexual dando prazer à mulher para que ela possa realizar-se, com orgasmos superlativos.