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 TEMA: A AUTO-IMAGEM COMO CAUSA DA VIOLÊNCIA

Prezado/a internauta

Muitas são as causas dos atos violentos, de uns seres humanos contra outros e, na atualidade, a violência é um dos assuntos que mais preocupa as pessoas em todos os países deste planeta Terra. Para ajudar na reflexão sobre as mudanças necessárias que levem a uma diminuição da violência, escrevi algumas ideias no artigo que irá ler, onde apresento a autoimagem como uma das causas da violência.

Faço votos que essas ideias o levem a tirar  algumas conclusões e que elas contribuam para levá-lo às ações que ajudem a mudar, para melhor, a sociedade humana, para que venha a ser um lugar com mais paz e harmonia, onde todos possam exercer bem a sua liberdade e os seus direitos e deveres como cidadão. 

Um grande abraço fraterno,

no ideal de um mundo humano melhor,

Antonio de Andrade

Lorena, SP, Brasil

 

 

A Autoimagem como causa da violência

            (Antonio de Andrade *)

    Frente ao noticiário de atos de violência, que ocorrem não só no Brasil mas também em muitos países, muitas pessoas perguntam: - O que pode levar certas pessoas a ações de violência? E as respostas serão relacionadas às áreas sociais, familiares, econômicas, psiquiátricas, psicológicas, éticas, etc. Uma dessas explicação das ações violentas, está na autoimagem, o modo como cada um enxerga a si próprio e como se coloca em relação aos outros.

    Uma pessoa pode ter uma autoimagem negativa e ser revoltada, violenta, insegura, inferiorizada, vivendo infeliz ou uma autoimagem positiva e ser alegre, integrada ao seu meio e aos grupos sociais, autoconfiante, entusiasmada pela vida, otimista, sendo feliz consigo mesma e com as outras pessoas. Ao desenvolver uma autoimagem negativa, uma pessoa pode reagir com agressividade e violência, contra si própria (autodestruição, como drogas, bebidas alcoólicas, etc.) ou ação contra outras pessoas (ameaças, suborno, intimidação, coerção, agressões, maus tratos, estupros, chantagem, humilhação, sequestros, violências físicas que causem dano, sofrimento físico, sexual e psicológico ou a morte, e tantos outros atos agressivos e violentos).

    Na formação de uma autoimagem negativa uma pessoa, geralmente, recebeu muitos estímulos negativos, depreciativos, agressivos ou de insegurança, levando-a a ter baixa opinião sobre si mesma e baixa opinião sobre as outras pessoas, desenvolvendo sentimentos negativos de que ela não presta, não serve para nada, não tem nenhuma qualidade ou valor como ser humano, podendo até ter ideias delirantes de perseguição e outros sentimentos que a tornam uma pessoa infeliz. E fazendo com que desenvolva a ideia de que "as outras pessoas", quaisquer outras, devem ser também, iguais a ela, não prestam e não têm nenhum valor e por isso, não haveria nenhum problema se forem agredidas ou destruídas.  

    Quando uma pessoa recebeu, em seu desenvolvimento, muitos estímulos, em sua maioria negativos, pode ter afetado, em seu cérebro, o desenvolvimento da área das emoções. Isso pode provocar o desenvolvimento de certas ideias de que "ela é uma coitada e uma vítima pois as pessoas não gostam dela", mas por um processo de compensação psicológica, irá diminuir os outros (através de críticas, depreciações, não aceitação, etc.) para poder sentir-se superior a elas. E isso desenvolverá nela um modo de agir arrogante e perseguidora, levando-a, então, a querer destruir as outras pessoas. Assim, poderá enveredar por caminhos de agressão e violência, modos para destruição das outras pessoas. De vítima e coitada transforma-se em uma perseguidora e destruidora das outras pessoas, tendo sentimentos vingativos e de raiva, com ressentimentos e mágoas, uma revolta não consciente contra as pessoas (e outras que coloca no lugar delas) que lhe deram estímulos negativos em sua infância, adolescência ou na vida atual. 

    Mas nem tudo está perdido, ainda há esperança de que os seres humanos possam vir a ter uma autoimagem positiva e ser pessoas saudáveis e felizes, sem necessidade de serem agressivas e violentas. Os pais e os educadores, em especial, podem fazer alguma coisa com as crianças e os jovens ajudando-os a formar positivamente a autoimagem, evoluindo de modo mais saudável e feliz, chegando a ser pessoas que saibam conviver em paz com as outras pessoas. Muitos pais e educadores têm tirado suas dúvidas no livro "Criança Feliz, Adulto Feliz: o poder emocional da autoimagem" do autor deste artigo, onde são apresentadas as várias autoimagens possíveis e são indicados os caminhos para se formar "gente de qualidade", mais equilibradas emocionalmente, mais responsáveis e com maior independência e autonomia como seres humanos. 

    É possível ajudar as pessoas a refletirem e se modificarem, para melhor, mudando a autoimagem negativa que porventura tenham. Mudando a autoimagem para positivo poderão ser melhores seres humanos, pessoas com qualidades, e isso certamente fará com que tenham mais respeito uns com os outros, aprendendo a ter limites e respeitando as regras de convivência sadia, convivendo em harmonia com as pessoas com quem convive e se relaciona socialmente. A sociedade agradecerá se cada ser humano, fizer o esforço para mudar suas características negativas para saudáveis. Ainda há esperança de um mundo melhor... Por isso, faça bem a sua parte!


* No site www.editora-opcao.com.br há outros artigos do escritor Antonio de Andrade relacionados ao tema violência: "Um novo enfoque para a violência", "Criança feliz, não será adulto violento", "O dono do mundo" e "A (in)disciplina e a sobrevivência da sociedade". E veja nesse site os livros "Disciplina e a Educação para a Cidadania" e "Criança Feliz, Adulto Feliz". 

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